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Você já ouviu falar no Curupira, o guardião das matas brasileiras? Seus pés virados para trás confundem caçadores, e seus cabelos ardem como fogo verde sempre que a floresta corre perigo.
Conta-se que, num dia de grande aflição, o velho Ipê-Sábio—árvore mais antiga do bosque—perdeu o brilho quando um fungo cinzento começou a cobrir-lhe o tronco. Os animais sentiram o ar pesado, e a Onça-Pintada, protetora dos rios, implorou ajuda ao Curupira.
Vendo as folhas murchas, o Curupira sentiu a chama verde de sua cabeleira enfraquecer. Para reacendê-la, precisaria unir quatro centelhas: fogo criado com o arrastar rápido de seus pés, redemoinhos esmeralda ao mergulhar no lago cristalino, um sopro que ergueu folhas como vaga-lumes e, por fim, o Coração da Floresta retirado do solo fértil. Com esses elementos, forjou uma luz que pulsava esperança.
A claridade atraiu um lenhador ambicioso. Pensando em riqueza, ele agarrou a gema verde; no mesmo instante, seus passos se inverteram como os do Curupira, e ele se perdeu na mata. Desesperado, prometeu plantar dez novas árvores para cada tronco que havia derrubado. Somente então a chama verde se completou, o fungo recuou e o Ipê-Sábio floresceu, tingindo o céu de pétalas douradas.
Moral da história: quem cuida da floresta encontra o próprio caminho; quem destrói, perde-se nos próprios passos.
Para estender o aprendizado com as crianças, proponha pequenas ações: plantar uma muda no quintal, recolher lixo no parque local ou simplesmente contar esta fábula a um amigo. Assim, cada um ajuda a manter viva a chama do Curupira.
Interação com as Crianças
- Roda de conversa: “Qual atitude do lenhador você mudaria? O que significa plantar mais do que se corta?”
- Caça-ao-tesouro reversa: esconder sementes pelo quintal ou pátio; as crianças precisam plantá-las para “desencantar” a gema da floresta.